terça-feira, 13 de abril de 2010

Em busca do antidoto para o desamor...

Se tivesse como, mandava-me a mim mesma à merda. Não sei por que insisto em ficar triste por situações que, em verdade, não têm, tanto assim, de grave.
Raios me partam se não me magoa ver a dedicação a coisas que, na minha tão idiota visão, não deveriam ser tao importantes assim... Não tenho como evitar. Eu tento, juro que tento achar que é normal, que é assim que tem que ser, mas, depois, lá vem aquele maldito bichinho sussurrar-me ao ouvido e dizer "nunca viste aquela dedicação em outras situações que não sejam deste tipo"... Mas porquê? Porquê?
Era tão mais simples se conseguisse ver naturalidade nestas actividades, nestas tarefas, era tão melhor ver razão e lógica no empenho, na entrega. Mas não! Quando é que eu, ser humano complicado desde sempre, ia ver tudo isto como normal?
Eu bem insisto comigo mesma, mas, depois, lá voltam os pensamentos... as dúvidas... as incertezas. Penso eu: será que ele me põe em segundo plano? será que afinal aquilo é mais importante do que eu? E, aí, afasto, vigirosamente, essas ideias do meu pensamento. E tento conformar-me que de é só a maneira de ele ser... que, em caso de dúvida, me escolhe a mim!... E aí, mais uma vez, inexoravelmente, oiço, ao longe, quase como um eco que persiste bem baixinho,
"Será?"...
Sim, é! Não podem restar em mim estas dúvidas tão pouco pertinentes. Todos temos os nossos hobbies, as nossas coisas, os nossos vícios. Isso, daqui em diante, talvez pense nisto como um vício. Talvez seja mais fácil vê-lo dessa forma.
Era de valor que alguém me desse duas bofetadas por criar um clima desagradável por causa de algo assim.
Ouvi "Fica com mau humor o dia inteiro!"... E eis que dei por mim a reflectir no quão inútil e desnecessário isso é... Mas, depois, passo por ti e vejo-te tao feliz que o ciume me turva a visão e impede o descernimento.
Há, em mim, uma dor, um aperto, algo que, a todo o custo, tento cortornar mas, eventualmente, vejo-me ser derrotada.
O ciume, que não é nada mais do que isso, ciume, deixa-me amuada e triste... porque me pareces sempre mais feliz com eles do que comigo.
Mas porque é que eu sou assim? Porquê? Paro para pensar e sinto que estou a agredir a felicidade pelas costas com estas situações...
Mas isto irá mudar... sim, estou convicta que sim... Um dia, espero que em breve, vou ver tudo isto como normal, sem filmes, paranoias, amuos ou tristezas... at least I hope so...



Afinal... em caso de dúvida, refugiar-me-ei na ideia de que "se te tivesse encomendado não terias saído tão perfeito para mim"... :)


*

Fomos à Escócia e voltámos, loucos por ficar a sós
fomos mas nunca chegámos, a sair do meio de nós
Mas a Escócia que gostámos, capadócia que cavámos
Não nos deu o que esperámos quando pensámos ser avós
Fomos à Escócia e deixámos, três amores cada um
E o que da Escócia tirámos, foi estar sem amor nenhum
Ir e vir foi um regalo, o desamor sem força-lo
Mas se tão longe o buscámos, é que já tinha havido algum

Não me leves tu a mal
Não me tentes convencer
que o que havia em Portugal não chegava para saber
Dei-te um mês da minha vida e um mês é de valor
e tu podes ser bastante querida mas não é preciso dor
para provar o desamor

Por desamarmos deixámos, seis amores sem ter dó
e agora que regressámos, não sei se nos sobram só
É que havia certa esperança que podia ser só dança
Mas afinal a bonança era apenas beijo em pó

Não me leves tu a mal
Não me tentes convencer
que o que havia em Portugal não chegava para saber
Dei-te um mês da minha vida e um mês é de valor
e tu podes ser bastante querida mas não é preciso dor
para provar o desamor

B Fachada - O Desamor

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