domingo, 21 de novembro de 2010

Don't worry... be happy!


Às vezes, pergunto-me se seria capaz de viver num mundo diferente daquele a que me habituei.
É tão fácil questionar aquilo que sou e o modo como vivo, fácil demais olhar para os meus hábitos e pensar que gostaria de fazer X, Y ou Z, dar asas ao meu poder criativo, à minha liberdade de ser, estar e viver.
Encho-me de coragem e penso nas infindáveis hipóteses que a vida me dá, nas perspectivas daquilo que se avizinha , quando levanto os olhos para ver o mundo.
Sabe bem sentir a brisa, caminhar junto à praia e fazer planos, pensar que não tenho medo da mudança, que estou disposta a receber o futuro com um sorriso.
É tao fácil pensar no que quero fazer e dizer, pensar que quero conhecer o mundo sem amarras.
Ao fim de algum tempo, pensaria que minha liberdade teria o tamanho, a forma e a consistência da distância que existe entre nós... mas, em verdade, essa distância não existe. Assim, os caminhos que traçamos são comuns e a liberdade que seria curta, não moldável é antes exponenciada pela flexibilidade daquilo que existe entre nós, não quebra, não estira, não rasga, e se dói... há sempre uma qualquer antalgia que permite, que, depois, se tenham alongado os laços...
A distância que existe entre nós não é a que me afasta da liberdade, é sim a que me afasta da plenitude...
É tão fácil pensar em planos quando posso, depois, rir, pensar na estupidez das minhas ideias e deitar-me junto a ti com o rosto encostado ao teu peito, a ouvir a tua respiração e pensar que, sem ter que fazer por isso, as nossas ideias se irão encontrar, complementar...
São as pessoas felizes quem, certamente, faz mais planos, as outras, ivariavelmente, vivem à procura da felicidade e essa, quase sempre, chega por acaso...

Não me parece que seja capaz de viver num mundo diferente deste a que me habituei, nem tenho qualquer vontade de por a questão à prova!
É tão fácil habituarmo-nos a ser felizes... :)

Maravilhoso!


JP Simões - Tango do antigamente