segunda-feira, 27 de agosto de 2007

moonlight sonata, beethoven

a perfeicao nem sempre se traduz em palavras...
por vezes é, simplesmente, uma sonata ao luar*

domingo, 26 de agosto de 2007



I hate the way you talk to me and the way you cut your hair;
I hate the way you drive your car, i hate it when you stare;
I hate when you scream and the way you read my mind;
I hate you so much it makes me sick, it even makes me rhyme;
I hate the way you are always right, i hate it when you lie;
I hate it when you make me laugh even worse when you make me cry;
I hate it when you are not around and the fact that you didnt call...
Mostly i hate the way i dont hate you ,not even close, not even a little bit, not even at all!

sábado, 25 de agosto de 2007

nem sempre... para sempre

o assombro da ilusão parece acercar-se de um modo absurdo... quando tudo se assemelha a um engano, a uma aventura de dois seres errantes, um mais que o outro... quando a corrupta conduta de um amor condenado a um fim se cruza, de um modo terminantemente marcante, com o fado de uma vida, de um alguem... um suposto caminho de salvação torna-se repentinamnete em, nada mais, nada menos, que um acidentado veiculo para o que foi... o que passou... ao caminhar nesse caminho trilhado com cada gota de suor trocada por dois amantes perdidos por entre lençois, areia e mar... encontra-se o vazio... o vazio que resulta de uma parte roubada do EU...um alguem um tanto ao quanto egocentrico, egoista, centrado em si mesmo.. ve-se perdido... incompleto... e a autoconfiança esvai-se... o sorriso esbate-se... a alegria empalidece. precipicios e incertezas... um modo de vida nescio e desprezivel.. oscilando entre momentos de delirio na ilusao da felicidade... e momentos de consciencia da fraqueza... da solidão... da falta... da saudade...as pessoas vivem... os sonhos partem... e as historias de amor nem sempre... sao PARA SEMPRE.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Cemitério dos poetas, Eduardo Sá

Ha pessoas que poem palavras nos nossos sentimentos. Parecem-se com os poetas. Mas depois, de surpresa, abandonam os nossos sonhos pe ante pe ou de pantufas. Nao sei... Na verdade, decepcionam-nos (devagarinho) e, quando damos por isso, apagam-se dentro de nos. Deixam de ser preciosas e, por tudo o que valeram, nao podem voltar a ser so (!) nossas amigas. Partem, portanto, para uma terra de ninguem, muito distante do sitio onde vivem os genios da lampada, o Pai Natal, as fadas e os duendes. E por la ficam. Mais ou menos errantes. Imagino esse lugar, onde se acotovelam tantas pessoas que nos disseram tanto, como um Purgatorio, com a particularidade de la nao se ser promovido, com facilidade, ate ao Ceu. E verdade que essas pessoas nao se transformam num inferno dentro de nos, embora, por vezes, surjam, ora como um vulto ora como uma silhueta ou, ate mesmo, como uma estrela cadente que, atravessando o nosso coracao, ja nao provoca um arrepio (muito menos, um calafrio, que sao aqueles sentimentos impetuosos que nos desabotoam a cabeca e nos deixam a arder de paixao e a tremer de medo, ao mesmo tempo). Afinal, nao sao nem amigos nem amores. Transformam-se num museu? Numa arqueologia de todos os amores, por exemplo? as vezes, nem nisso. Infelizmente. Se fosse assim, estaticas ou em pequenos pedacos de historias, empoeirados, seguravam-se no nosso coraçao. O que nao acontece as pessoas que foram perdendo a magia... Este nao sei para onde (eu sei que, dito assim, custa so de pensar) e uma especie de cemiterio de poetas dentro de nos. Um lugar de silencio que convida a espreitar para o que sentimos. Com surpresa e com dor, ao descobrirmos que, ao contrario do que sempre desejamos, ha relacoes — luminosas — que foram morrendo para nos. as vezes, assusta. Afinal, nao e simpatico descobrirmos que mora em nos alguem que, nao sendo o Capitao Gancho, tenha ajudado a morrer (de inanicao, por exemplo) quem trouxe poesia, ou luz, ou um insustentavel rebulico ao que sentimos... as vezes, atormenta. Porque magoa descobrirmos que — mesmo quando nos imaginamos a dar a sala mais espacosa do nosso coracao — tambem nos, dentro de algumas, vivemos sem viver, errantes, nesse nao sei onde de alguem, entre os seus amigos e os seus amores. as vezes ainda, somos tocados pelos galanteios da vida e, levados pelo entusiasmo, imaginamos que, se desejarmos com muita forca, algumas das pessoas que guardamos no nosso cemiterio de poetas ressuscitam e regressam, cheias de luz, para surpresa do Pai Natal ou das fadas (que, sendo magicos, parecem viver num mundo de bolas coloridas de sabao). Eu sei que tambem entre as pessoas ha quem pareca magico mas intocavel. Como eles. Mas nao se esqueca: esse e o cais de embarque que, de surpresa, nos pode levar (sem volta) para o cemiterio dos poetas.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tool, Parabola

We barely remember who or what came before this precious moment,
We are choosing to be here right now.
Hold on, stay inside
This holy reality, this holy experience.
Choosing to be here in
This body.
This body holding me.
Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal
All this pain is an illusion.
Alive, In this holy reality, in this holy experience.
Choosing to be here in
This body.
This body holding me.
Be my reminder here that I am not alone in
This body, this body holding me, feeling eternal
All this pain is an illusion.
Twirling round with this familiar parable.
Spinning, weaving round each new experience.
Recognize this as a holy gift and celebrate this chance to be alive and breathing.
This body holding me reminds me of my own mortality.
Embrace this moment.
Remember.
we are eternal.
All this pain is an illusion.




sexta-feira, 10 de agosto de 2007

De olhos bem fechados

confiava-te a minha vida assim... de olhos fechados
desvendados, fechados por mim mesma
de livre e espontanea vontade,
nao me sinto cega quando fecho os olhos por ti.

nao é tudo o que mais quero afinal?
que faço entao quando me beijas?
que faço quando me abraças?
nao fecho os olhos na tentativa de te encontrar?

era capaz de te reconhecer de qualquer modo
ate assim... de olhos fechados
o teu cheiro esta em mim
cada milimetro de ti me é familiar.

uma imagem escondida na minha mente
dois amantes correndo, rindo,
pele salgada pelo mar...
fazia amor contigo assim... de olhos fechados

lembro-te assim, de sorriso no rosto
corpos indistintos, unidos
deitado a meu lado
quase dormindo... de olhos bem fechados.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

"Quando sou boa sou muito boa, mas quando sou ma sou melhor ainda", Mae West

Num pacato cafe com os amigos ha alguem que persiste com toda a segurança e convicção na repetição da ideia de que "cada um de nós é um ser uno e unico no todo universal", "coisas do trance!", dizemos nós. nao podemos, contudo, negar que em algum momento ponderamos a eventual veracidade daquelas palavras proferidas aparentemente sem a devida fundamentação.
a cada dia que passa acredito: a perfeição está em ser assim, exactamente assim, como quando me/nos vejo/vemos ao espelho.
(afinal para que um push-up daqui, uma diminuição ali, um aumento acolá?!)
bom, talvez seja ingenuidade da minha parte chamar-lhe perfeição... fico-me talvez por algo menos pomposo mas não menos ambicioso: felicidade!
serao entao apenas devaneios do trance? questionando-me a mim mesma e ao que me rodeia fico com a certeza: não, de todo!
cada Homem tem essa incrivel capacidade de ser sempre surpreendemente distinto!... faz assim sentido a frustração sentida pelos que buscam o fundamento de um modo de vida na imitação de X, Y ou Z.
"como agir?", "o que fazer?", perguntamo-nos nós. acredito que sao questoes que so cada um de nós tem a capacidade de responder a si mesmo, afinal, se cada um de nós é unico e insubstituivel, a cada um de nós corresponderá, certamente, uma resposta diferente, ainda que em situação semelhante.
tudo aquilo que somos é, constantemente, influenciado, delineado, limado, vincado, chamemos-lhe o que quisermos, por todas essas teorias do caos, esse efeito borboleta que nos afecta de quando em vez.
eu, como ser "uno e unico no todo universal" sinto-me na obrigação de me sentir importante, senão mesmo uma peça-chave (uma das seis mil milhoes que aí andam!) na construção deste caos que nos circunda, desta entropia.
assim, de cada vez que vejo, oiço, falo, espero, avanço, recuo, faço seja o que for sei que sou boa naquilo que faço, afinal ninguem o poderia fazer exactamente da mesma maneira que eu!
mesmo quando um disparate tremendo é consequencia de um acto precipitado, descuidado, impensado tenho a certeza que sendo ma sou, ainda assim, autentica e inimitavel.
assim os nossos pequenos erros sao nada mais, nada menos que momentos de brilhantismo! e os nossos grandes erros sao lições de moral, coisas a aprender, para sermos, a posteriori, melhores do que qualquer outro antes foi! =)
afinal "um instante puxa o outro e acaba por puxar a propria pessoa, por isso a pessoa ja e aquilo que ainda virá a ser".
assim, olhando para o espelho, resta dizer com um sorriso espansivo no rosto: "sou feliz"! =)
***quando sou boa sou muito boa, mas quando sou ma, sou melhor ainda!***

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

"Nao existem principes, existem sapos"

Nos, mulheres, humanamente incapazes de resistir às artimanhas desses especimes do genero oposto, vemo-nos, frequentemente, confrontadas com a nossa propria busca incessante do principe chegado no cavalo branco.
A verdade é que nos parece, de todo, impossivel e impensavel assumir as tao obvias fragilidades da nossa personalidade e admitir que, na verdade, somos incompletas sem esse alguem que nos faz ter vontade de arrancar os cabelos, um por um. Se e' a atitude mais inteligente? Fica por responder a questao.
Em cada uma de nos ha o desejo, numas mais implicito, noutras mais explicito, de encontrar o equilibrio, resta sempre uma infima esperanca de que sera encontrado o tal que sera diferente e nos fara acreditar que existe, de facto, uma especie de "special one" para cada uma de nos.
Ha uma de duas posturas a assumir: a careta - sempre com a lagrima no canto do olho e a lamentacao como principal ocupacao - ou a activa - ser exactamente como eles (pelo menos aparentemente) e sorrir sempre, seguindo com um feeling positivo, afinal "pra frente e' que e' o caminho". Gosto de (e prefiro) acreditar que me enquadro no segundo grupo.
Todas ja nos sentimos pequenas e destrocadas, (quem nunca teve uma desilusao que atire a primeira pedra!) mas a vida nao espera por nos e nao me parece inteligente deixarmo-nos estar sempre um passo atras.
Ha que tirar o tempo suficiente para as lagrimas, para a dor, mas em silencio, sem que ninguem veja! No exterior estaremos sempre belas e radiosas, afinal, nao e' por eles que sorrimos, e' por nos! =)
Nos, com os nossos cabelos ondulados, a nossa pele bronzeada, os nossos saltos altos, os nossos pormenores, as nossas manias (que nos tornam unicas e "deliciosamente especiais", como diz alguem) somos e seremos sempre os mais belos exemplares da especie humana: pela nossa perspicacia e capacidade de aprender a cada erro e porque somos, efectivamente, lindas!
Que venham esses principes que so nos trazem complicacoes que mesmo assim sairemos sempre vencedoras e fortalecidas a cada final aparentemente catastrofico.
Mesmo quando o homem perfeito aparece e se escapa, ate ai sabemos tirar partido da uniao que antes existiu, quanto mais nao seja para reforcar e vincar uma amizade que nao pode ser atirada pela janela! Afinal o exemplar unico, sui generis, do sexo oposto foi encontrado, por mais que o fim nao seja o que esses fairy tales, ou essas comedias romanticas, com as quais nos bombardeiam, previam como o mais obvio.
Quando ele passa por nós e nos escapa... nao e' simples... mas nao ha muito a fazer... resta seguir em frente... e buscar um humilde sapo e molda-lo ate que se torne no nosso principe!
Afinal... nao existem principes, existem sapos!
Tocas as flores murchas que alguém te ofereceu quando o rio parou de correr e a noite
foi tão luminosa quanto a mota que falhou
a curva – e o serviço postal não funcionou
no dia seguinte

procuras ávido aquilo que o mar não devorou
e passas a língua na cola dos selos lambidos
por assassinos – e a tua mão segurando a faca
cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
dos amantes ocasionais – nada a fazer

irás sozinho vida dentro
os braços estendidos como se entrasses na água
o corpo num arco de pedra simulando
a casa
onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia


 

Al Berto