sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Lado a lado, Donna Maria

Somos dois caminhos paralelos
Vamos pela vida lado a lado
Doidos que nós somos
Loucos que nós fomos
Nem sei qual é de nós mais desgraçado

Lado a lado meu amor
Mas tao longe
Como é grande a distancia
Entre nós

O que foi que se passou entre nós os dois
Que nos separou
Porque foi que os meus ideais
Morreram assim dentro de mim

Ombro a ombro
Tanta vez
Mas tao longe
Indiferenca
Entre nós quem diria

Custa a crer
Que tanto amor
Tao profundo amor
Tenha acabado
E nós, ambos sem amor
Lado a lado

Fomos no passado um só destino
Somos um amor desencontrado
Doidos que nós somos
Loucos que nós fomos
Nem sei qual de nos mais desgracado

Sempre para sempre, Donna Maria

Ha amor amigo
Amor rebelde
Amor antigo
Amor da pele

Ha amor tao longe
Amor distante
Amor de olhos
Amor de amante

Ha amor de inverno
Amor de verao
Amor que rouba
Como um ladrao

Ha amor passageiro
Amor nao amado
Amor que aparece
Amor descartado

Ha amor despido
Amor ausente
Amor de corpo
E sangue, bem quente

Ha amor adulto
Amor pensado
Amor sem insulto
Mas nunca, nunca tocado

Ha amor secreto
De cheiro intenso
Amor tao prximo
Amor de incenso

Ha amor que mata
Amor que mente
Amor que nada, mas nada
Te faz contente, me faz contente

Ha amor tao fraco
Amor nao assumido
Amor de quarto
Que faz sentido

Ha amor eterno
Sem nunca, talvez
Amor tao certo
Que acaba de vez

Ha amor de certezas
Que nao trara dor
Amor que afinal
amor,

Sem amor
O amor tudo,
Tudo isto
E nada disto

Para tanta gente
acabar de maneira igual
E recomecar
Um amor diferente

Sempre , para sempre
Para sempre

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

muito mais que muito

tenho-me questionado inumeras (demasiadas) vezes se alguem tem o direito de nos fazer sofrer... nao tem, de facto. mas... nao seremos por vezes nos proprios quem se magoa, de uma forma que chega a ser cruel?!
afinal a culpa nao é tanto assim de quem seguiu com a sua vida em frente, mas sim nossa, de mais ninguem, ficando assim: aprisionados numa dor que remoi e consome lentamente... que parece levar de nos o que de melhor temos: a alegria, o sorriso...
pensamos, dizemos convictamente, gritamos ao mundo: "estou tao melhor assim! para que precisava dele/a afinal?", e em segredo choramos... puxamos cabelos... cravamos unhas na nossa propria pele, alivia a dor da alma.
é o desespero... dizem-me que quando ele passa fica a dor, e que, essa sim, é superada lentamente... dia a dia, passo a passo.
esta dor que me era tao alheia persegue-me agora, nao sei lidar com ela, na verdade, e tudo o que me dizem é "da proxima nao vai doer tanto". da proxima?! nunca havera uma proxima, nao como esta! o meu coração nunca mais estara receptivo deste modo, confiando cegamente... senti-me uma criança entregue a este sentimento, confiava-te a minha vida sem pensar nem um instante.
nunca, em circunstancia alguma, votarei a confiar assim... nunca!
sinto ate que esse é o unico ressentimento que fica no peito... doi-me mais que a perda do sorriso constante saber que esse "coração puro", como alguem lhe chamou, foi entregue e nunca mais vai voltar.
tudo, daqui em diante, sera, inevitavelmente, fonte de comparação... nunca mais entregarei as cartas de um modo tao voluntario.
sei que, quer queira quer nao, questionar-me-ei sempre "vais ser mais uma coisa à qual terei de sobreviver?"... a minha mente, o meu coração nao estara mais receptivo, com todos os sentidos despertos, porque a desconfiança e a insegurança, o ressentimento estarao la.
sei que, mais cedo, ou mais tarde, tudo vai passar "nao ha nada que o tempo nao cure"... mas essa cicatriz subtil mas profunda vai la ficar... de um primeiro sentimento verdadeiro... sentimento que me moveu...sentimento que me elevou ao expoente maximo da felicidade e me deixou cair do degrau mais alto, desamparada e incredula...
mas, voltando à questao inicial.. a culpa nao é de quem partiu, de quem seguiu em frente... sim, o meu coração foi destroçado, mas cabe-me a mim reconstrui-lo e aprender a viver com as cicatrizes que la ficarem. se o consigo fazer de animo leve? nao! nunca... se o vou conseguir fazer? estou certa que sim...
"my heart with no scar" nao existe mais... talvez um coração assim ainda esteja algures, por aí, para mim... para me ser entregue!
se sinto a tua falta? todos os dias... se estou a aprender a lidar com isso? a cada dia que passa mais e melhor. vai chegar o dia em que o sorriso no meu rosto sera, de novo, uma constante, e poder-te-ei abraçar sem ressentimentos...
para todo o sempre... tu para mim: muito mais que muito.

domingo, 14 de outubro de 2007

the scientist... coldpay

Come up to meet you, tell you Im sorry
You dont know how lovely you are
I had to find you, tell you I need you
Tell you I set you apart
Tell me your secrets, and ask me your questions
Oh lets go back to the start
Running in circles, coming up tails
Heads on a silence apart

Nobody said it was easy
Oh its such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said that it would be this hard
Oh take me back to the start

I was just guessing at numbers and figures
Pulling your puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
Tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, chasing our tails
Coming back as we are

Nobody said it was easy
Oh its such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
Im going back to the start

Oh ooh ooh ooh ooh ohh (x4)

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

let the rain come down and wash away my tears...
wash them until they're far from here...

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Fado da Despedida

quando passas nos meus olhos
nunca és o que sonhei
se és vida nunca vivi
se és amor nunca te amei

nao queiras negar-me um beijo
senhora da minha vida
nunca se nega uma esmola
a uma alma perdida